Aumenta a longevidade das empresas
- hoft45
- 13 de jan.
- 2 min de leitura
por Renato Bernhoeft
Uma das fortes características do século XXI é o significativo aumento da longevidade do ser humano em nível mundial.
Interessante observar que o mesmo fenômeno vem ocorrendo no universo corporativo que, gradativamente, também tem prolongado sua existência a cada nova geração, fenômeno especialmente observado nas empresas familiares.
Como referência ao tema vou dividir esta crônica em dois agrupamentos. As empresas brasileiras que já ultrapassaram 100 anos de existência e as que estão encaminhando suas segunda, ou terceira geração, no processo de continuidade.
No campo das empresas centenárias temos o caso mais recente do Itaú-Unibanco que acaba de completar um século de existência. Vale registrar de que é uma história interessante porque no ano de 2008 se fundiram e seguem construindo uma história de sucesso envolvendo duas famílias com vocação empresária.
Vale destacar esta fusão por não ser um processo simples, tendo em vista nossa história de vários fracassos pelas diferenças culturais das diferentes famílias. O processo de integração foi muito cuidadoso e mantido sob sigilo completo, o que surpreendeu o mercado.
Na lista de empresas centenárias, cujas histórias estão narradas no meu livro, escrito junto com a jornalista Chris Martinez, e publicado em 2011, sob o título “Empresas Brasileiras Centenárias – A história de sucesso de empresas familiares”. As empresas que aparecem no mesmo, com o destaque que a maioria o controle acionário ainda pertente à família fundadora. Gerdau, Cedro Cachoeira, Ypióca, Sul América e Casa da Boia.
Como é possível observar são empresas de diferentes segmentos, portes, e localizadas em distintas regiões do Brasil. Vale o registro de que muitas outras surgiram depois da publicação. E com certeza ao longo do tempo deverão merecer o respectivo destaque. Também existem empresas com cem anos de existência mas que já não pertencem às famílias fundadoras. Ou foram compradas, vendidas ou fusionadas.
Já no campo de transições mais recentes destaco o livro “Transição e Liderança – Histórias de sucesso das novas gerações”, escrito por Renata Bernhoeft e Wagner Luiz Teixeira, sócios da höft consultoria.
São cinco depoimentos dos herdeiros das empresas: Grupo Jacto, com Alexandra Nishimura, da terceira geração; Dirceu Pezzin, da segunda geração da Peccin, de Erechim, do Rio Grande do Sul; Felipe Zica, segunda geração da MinasLigas, da Contagem, Minas Gerais; Leonardo Schneider, também segunda geração, da APSA, do Rio de Janeiro, e Sara Hughes e Carlos Renato Trecenti, segunda geração da LWART, de Lençóis Paulista, São Paulo.
Segundo os autores “são relatos de empreendedorismo, repletos de descobertas, superação e rompimento de barreiras que envolvem o nascimento e crescimento, de negócios que dão origem a grandes grupos empresariais. Quase todos de uma origem humilde, que ao longo da sua trajetória enfrentaram desafios e viveram acontecimentos surpreendentes.”
Interessante observar o histórico destas empresas e famílias que não apenas são empresas familiares, mas se tornaram famílias empresárias.
Confio que a leitura possa estimular os novos empreendedores que estão surgindo no momento da nossa realidade.
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